quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Atividade educacional realizada no curso FCTEWeb - Módulo 1

Lugar de mulher é na praça pública.

Em 2010, duas candidatas disputam a vaga para o palácio do Planalto, uma com chances reais de vitória. Situação inédita, que reflete as conquistas da centenária luta das brasileiras por representação na vida pública no país.


Público Alvo:

Alunos do Ensino Médio.
 
Objetivos: 
 
- Conceituar a luta centenária das brasileiras por igualdade e representação política.
   
- Distinguir que as importantes transformações no cotidiano da população, também foram marcadas por intensas tentativas de participação das mulheres nas discussões em favor de melhorias na sociedade.
 
Metodologia:

Aulas expositivas.
Pesquisas na Web.

Filme: Anjos rebeldes.

Debate.

Ferramentas da Web 2.0:


Os alunos deverão trabalhar na construção de um blog e de uma Wiki possibilitando a aprendizagem colaborativa.

Texto de apoio:

As eleições se aproximam, e duas candidatas disputam a presidência. Pela primeira vez uma mulher tem chances reais de ocupar o cargo máximo da República. Engana-se, porém, quem pensa que “nunca antes” as brasileiras se interessaram pela vida pública. A luta de nossas avós por representação política vem de longa data. Foi um difícil processo, e muitas de suas reivindicações, hoje centenárias, ainda não foram atendidas. 
Uma das pioneiras foi Nísia Floresta. Nascida na pequena localidade de Papari, no Rio Grande do Norte, casada contra a vontade aos 13 anos, logo abandonou o marido e, em 1832, já sustentava mãe e filhos com o salário de professora. Em 1832, publicou Direitos das mulheres e injustiças dos homens, artigo em que enfrentava os preconceitos da sociedade patriarcal, exigindo igualdade e educação para todas. 
Segundo Nísia, a situação de ignorância em que eram mantidas era responsável pelas dificuldades que as mulheres enfrentavam. Submetidas a um círculo vicioso, não tinham instrução e não podiam participar da vida pública. Não participando da vida pública, continuavam sem instrução. Alguns anos depois, já instalada no Rio de Janeiro, Nísia passou a realizar conferências defendendo a emancipação dos escravos, a liberdade de culto e a federação das províncias sob um sistema de governo republicano. 
Na mesma época, no extremo oposto do Império, Ana de Barandas se opôs à Revolução Farroupilha. Advogando em favor da participação das mulheres na luta política, colocava-se contra a separação da província do Rio Grande do Sul. E não o fazia só: Delfina Benigna da Cunha e Maria Josefa Barreto usaram versos, redondilhas e panfletos para acusar de anarquistas os partidários da separação. Atacadas pelo sexo oposto por seu envolvimento em ações políticas, eram defendidas por Ana de Barandas: “Tendo nós os mesmos atributos (...) por que autoridade não haveis de querer que nós outras não façamos uso desse admirável presente que recebemos do Criador?!”. Enquanto isso, na sede da corte, o Rio de Janeiro, a poetisa Narcisa Amália, primeira mulher a se profissionalizar como jornalista, compartilhava as preocupações de jovens intelectuais de sua geração. Eles colocavam a pena a serviço das ideias democráticas e progressistas, da modernização da nação e da elevação do nível cultural e material da população. A percepção da necessidade de educação unia as agendas femininas, de norte a sul: “Sem a instrução popular – dizia Narcisa – a democracia jamais passará de uma dourada quimera”. A segunda metade do século XIX assistiu também ao engajamento de muitas de nossas avós na luta pela abolição. Há inúmeros exemplos: Adelina, a charuteira, escrava do próprio pai, participou de inúmeros comícios abolicionistas em São Luís do Maranhão. Conhecedora dos meandros da cidade onde circulava para vender seus charutos, passou a ajudar os abolicionistas passando-lhes informações e articulando a fuga de escravos.

Anjos Rebeldes
Título original:  Iron Jawed Angels
Duração:  123 minutos
Gênero: Drama
Direção: Katja von Garnier
Ano: 2004
País de origem: EUA

Filadélfia, setembro de 1912. A quaker Alice Paul (Hilary Swank), que viveu um bom tempo na Inglaterra, vai com sua melhor  amiga, Lucy Burns  (Frances O'Connor), se encontrar com a reverenda Anna Howard Shaw (Lois Smith), que preside a Associação Nacional das Mulheres Sufragistas e tem Carrie Chapman Catt (Anjeica Huston) como braço direito. Anna e Carrie têm posições bem conservadoras, que fazem o movimento avançar muito pouco em vários anos - só em 9 estados as mulheres votam. Alice, uma feminista, está disposta a arriscar tudo para obter uma emenda na constituição que permita que todas as americanas  votem.Para isso, ela organiza uma passeata a ser realizada no mesmo dia da posse do presidente Woodrown Wilson. O filme é ganhador de dois Globos de Ouro.

Um pouquinho do filme:



Evolução do Feminismo!



Nenhum comentário:

Postar um comentário